terça-feira, 30 de outubro de 2007

Vitórias

Graças a Deus, minha vida foi marcada por vitórias, embora também tenha havido as derrotas.
Mas isso nos remete a descobrir o verdadeiro significado de vitória.

Segundo Aurélio, meu caro amigo, vitória é o ato ou efeito de vencer o inimigo ou competidor em uma guerra, batalha, ou, ainda, em qualquer competição. Aparentemente é um conceito objetivo, mas se você analisá-lo bem, perceberá que toda a subjetividade da vitória está no inimigo em questão que deve ser derrotado.

Lembro-me de uma vitória um pouco cômica, mas emocionante que tive na infância.
Assim como hoje, sempre fui a aluna mais nova da turma. E durante todo o ensino fundamental sempre fui a mais pequenininha, a mascote.

Eu estava na 1ª série, na escola Boas Novas. Tinha 5 anos, e estava havendo um campeonato de queimada na escola.
Já era a final, a 1ª série C (minha turma) com meninas com 8 anos em média, contra as meninas da 2ª série, entre 9 e 10 anos. Imaginem eu, pobre Jérula, com apenas 5 aninhos, enfrentando as gigantes da 2ª série (é sério, elas eram gigantescas, gordas, altas e malvadas...)
Estavam todas as turmas da escola para ver a grande final. Inclusive a minha irmã, Raquel, que estudava na escola, e todos os seus admiradores (inclusive um em especial, por quem eu, na época, tinha uma ligeira queda).

A minha técnica de jogar queimada era simples e prática: EU NÃO DEIXAVA A BOLA ME PEGAR DE JEITO NENHUM, MAS NEM CHEGAVA PERTO DELA.
Para me defender era perfeito, eu fazia minhas acrobacias e a bola só ficava de um lado para o outro, e as demais meninas do meu time se rensponsabilizavam de pegar a bola e acertar as garotas do outro time.
No entanto, as meninas do meu time começaram a desaparecer do campo (haviam “morrido” e foram para o “cemitério”). E lá estava eu, sozinha, fugindo incansavelmente da bola, sem conseguir pegá-la. Eu já estava ficando cansada, e foi aí que todos do público começaram a grita meu nome: JÉRULA! JÉRULA!

Eu nem sabia que tanta gente sabia meu nome. E estavam lá, todos gritando e torcendo por mim. E eu não conseguia pegar a bola. Nem teria força suficiente. Pois as gigantes da 2ª série já sabiam que haviam ganho o jogo e estavam doidas para ganhar o prêmio, e eu estava impedindo, correndo de um lado para o outro, atrapalhando sua vitória.

Elas jogavam a bola com raiva, impacientes. E todos olhavam para mim esperançosos. Olhei para Raquel, ela sorria, rodeada por seus admiradores que também gritavam.Olhei para o meu professor de educação física, que não ensinava só educação física, adorava quando ele nos ensinava a fazer dobraduras. Eu gostava dele, era um bom professor e estava torcendo por mim.

Não sei se vocês já sentiram isso. Mas eu, com 5 anos, pela 1ª vez na vida havia tido aquela sensação de dever cumprido. Tá, eu sabia que não tinha como eu vencer aquele jogo. Mas eu me considerei vitoriosa.

Toda a escola torcia por mim, até o meu querido professor.
Eu conseguira adiar a vitória das gigantes da 2ª série por mais de 30 minutos. Elas iriam ganhar, mas seria uma vitória desleal.

A minhas últimas forças estavam acabando, e em meio aos gritos dos espectadores, começei a chorar e abracei meu professor. Mesmo assim ainda levei duas boladas nas costas das meninas malvadas da 2ª série, inconformadas com o fato de que todo mundo foi ver como eu estava e ignoraram a aparente vitória delas.
Não havia mais como discutir... Eu havia ganhado o jogo...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Minha saga pós


Dia 18 de março de 2007- véspera do 1° dia de aula na faculdade de Medicina – às 23 horas da noite  não conseguia dormir!!!

Oh! Meu Deus! No outro dia iria começar uma nova fase da minha vida que duraria muitos anos (6) da qual sairia como médica. Imaginem: eu, médica!!!

Oh! Meu Deus! No outro dia iria conhecer pessoas com quem conviverei por seis anos, ou até mais, que serão meus amigos, ou não. Eu só conhecia umas sete pessoas e a maioria era só de vista.

Oh! Meu Deus! Será que vai ser difícil! Toda essa cobrança de ter ficado em 1° lugar e tal, se eu tirasse uma nota baixa iriam me matar, ou pelo menos me torturar psicologicamente...

Oh! Meu Deus! No outro dia iria para a faculdade. FACULDADE, entendeu?! Faculdade!!! Sendo que faculdade é curso de adulto e eu só tenho 16 anos!!!!!!

Todos esses pensamentos e outros me torturavam durante a noite e só consegui dormir às 3 horas da manhã!!!

Dia 19 de março - 1° dia de aula na faculdade de Medicina – às 7 horas da manhã

__ Anda Karla (minha irmã), não quero chegar atrasada!
__ Calma, só começa às 9 horas!
__Droga, essa roupa tá boa!
__Não, tá mto arrumada, veste outra. Vão te sujar!
__Será q vão raspar a sobrancelha?!
__Acho q não...

O pré-trote foi torturante. Fizeram-nos andar no asfalto quente, descalsos, jogaram rorai-cola meu cabelo (q na época não sobrevivia sem chapinha) ficou parecendo o do bozo. Além do mais, o meu rosto, no qual haviam passado um batom horrível, também parecia o do bozo. (ainda bem q meu cabelo é preto).

Para completar eu era a única criatura de saia!!! Sendo que nós andamos de elefante, que consiste em pessoas andando feito animais, com uma mão pegando a da pessoa da frente, passando por baixo das pernas dessa pessoa e a outra mão pegando a da pessoa de trás, com as mãos passando por baixo das suas pernas... Algo bem desaconfortável, principalmente se você está de saia.

Tudo passou, houve as primeiras aulas e de cara me apaixonei (espiritualmente) pelo professor de fisiologia, Marco Aurélio. E depois pelo Robledo, prof° de histologia (tbm espiritualmente).

Houve os 1°s tutoriais, as primeiras provas, as primeiras aulas. Todas maravilhosas, principalmente de histologia e fisiologia (claro que me refiro às aulas, visto q as provas são terríveis, embora eu esteja sobrevivendo).

Resumidamente, na minha saga pós-vestibular, descobri que nem tudo são rosas. Mas com dedicação, persistência e acima de tudo, paciência, você alcança seus objetivos. E o meu, estou alcançando aos poucos: tornar-me médica, realizar meus sonhos e ajudar os outros a realizarem os seus...


obs: Foto: trote em casa dado por Karla, Raquel, minha mãe e outros...meu cabelo ainda estava em processo de transição..

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Minha saga pré-vestibular

• Durante minha infância, não queria ser médica, para não ver as pessoas morrerem, mas depois decobri que o melhor jeito de não vê-las morrer era sendo médica para ajudá-las a viver o máximo de tempo possível com o máximo de qualidade possível;
• Fiz um ano e meio de cursinho, mas só no ano passado me dediquei pra valer, era um objetivo fixo, era minha sina: passar no vestibular. Portanto, me esforçei ao máximo para isso. Meu signo, capricórnio, tem essas características: persistência, gosto por desafios e teimosia;
• Inscrição do vestibular: no 1° dia de inscrição lá estava eu. Porém houve dois problemas na minha inscrição:
 Não havia número de inscrição na folha!
 Eu havia assinado a inscrição, embora fosse menor de idade, o que infringia as regras.
 Mas acho que Deus estava a meu favor e deu tudo certo;
• Antevéspera de vestibular: estavam todos na sala (10931–CEFET-RR) apreensivos com a prova que seria dali a dois dias. O vestibular é algo muito complicado, toda a sua vida estudantil, tudo que voce já aprendera na sua vida, todo o seu conhecimento é testado. Envolve conhecimento, é claro, mas precisa de sorte e acima de tudo de otimismo e fé em Deus de que tudo dará certo;
• Despedi-me dos meus amigos tanto do CEFET-RR quanto do cursinho, como se fosse para uma batalha em que poucos sairiam vencesdores, afinal a vida é assim, os sonhos são muitos e as oportunidades poucas. Chorei bastante, com medo de como me sairia no domingo. Faltavam poucas horas.
• No sábado, estava mais calma, e, contra a regra geral, aproveitei para revisar todo o conteúdo lendo uma apostila de fichas-resumo.
• Às seis horas, ainda no sábado, decidi parar de estudar. Se eu não soubesse algo não era agora que iria aprender, toda a minha preparação terminava ali.
• Precisava me descontrair para a batalha da próxima manhã, no dia 5 de novembro.
• Era dia 4 de novembro, soubera que haveria show no Parque Anauá, de graça, adivinha de quem, KLB. Meio brega eu sei, eles são meio metidos, mas, no fundo eu gosto, e acho o Leandro de cabelo grande um gato! (cada um tem seus gostos, não tentem me matar...)
• Foi ótimo, apesar de tudo, embora eles tenham me parecido um pouco metidos e falsos. Eles não cantaram minha música predileta deles (Obssesão), nem Anjo, mas cantaram “Cada dez palavras” da qual eu gosto muito, e Ana Júlia.
• Pretendia ficar por um tempo a mais, mas quando eram 11 horas, duas mulheres começaram a se bater e minha mãe disse: “Quero que voce esteja viva amanhã de manhã!”
• Por incrível que pareça, consegui dormir (embora pensasse que não conseguiria). Acordei de alma lavada, pronta pra ir. Foi uma das melhores manhãs da minha vida, a prova estava num bom nível de dificuldade e eu estava confiante.
• Passei o dia ansiosa para ver o gabarito, mas ele demorou muito pra sair e a internet na minha casa não estava funcionando, apenas à noite, soube o gabarito, havia feito 111 pontos, levei uma baita ovada.
• Na segunda-feira, a vida continua, o primeiro tempo era educação física e o prof° Carmono não deixa os alunos atrasados participarem das aulas. Mas não consegui acordar cedo e cheguei um pouco tarde na escola. Fui para o ginásio, todos os meus colegas estavam alongando sob orientações do Prof°. Quando me viram (inclusive o prof°) começaram a bater palma. Meu coração acelerou, foi um momento bem emocionante, do qual nunca esquecerei.
• Ninguém conseguia mais prestar atenção nas aulas, nem mesmo eu, que sempre fora tão boa aluna. As melhores aulas eram as de educação física, na qual ficávamos na piscina jogando pólo aquático. Minha turma ficou muito amiga nos últimos dias de aula, sentirei e já estou sentindo muita falta deles.
• No dia 31 de janeiro finalmente saiu o resultado final. Eu nem mais o esperava depois de tanta tortura nas férias. Era uma manhã comum, minha mãe e karla haviam saído e, poucos minutos depois, ligaram dizendo palavras soltas: “Traz a máquina”, “o Leonardo”, “vem aqui”. Então, tentei associar essas duas informações: “O Leonardo (cantor) está aqui e vamos vê-lo chegar no aeroporto e tirar fotos???!!!”
• Mas quando passei pela antiga biblioteca e vi um amontoado de gente, associei de outra forma: “saiu o resultasdo, o Leonardo também passou, traz a máquina!” meu coração acelerou quando vi meu nome na lista de aprovados, começei a rir e chorar e fiquei imensamente feliz. Embora poucos amigos meus tivessem sido aprovados pra medicina também.
• No mesmo dia cortei minhas longas madeixas e adquiri meu novo visual (depois de levar muita ovada e abraços da minha famíla) de acadêmica de medicina...
• Próximo post: minha saga de acadêmica de medicina... aguardem!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Karla Caroline Lima de Oliveira


Mais do que uma irmã,
Uma amiga.
Mais do que querida,
Adorada.
Mais do que engraçada,
Divertida.
Mais do que engrandecida,
Iluminada.

Mais do que esforçada,
Lutadora.
Mais do que acolhedora,
Amiga amada.
Mais do que abrilhantada,
Encantadora.
Mais do que colaboradora,
Compromissada.

Mais do que felicidades,
Desejo-lhe amor.
Mais do que aliviar sua dor,
Desejo aliviar seu medo.
Mais do que segredo,
Desejo lhe contar aquilo
Que todos sabem,
E aqui repito:

Te amo muito, Karla. Você está entre as duas irmãs mais fascinantes do mundo (empata com Raquel). E lhe desejo muitos anos de vida, repletos de momentos maravilhosos, assim como os meus quando estou com você.

Feliz aniversário, Dia 12 de outubro, dia das crianças, que assim como você nunca perdem seu encanto.

domingo, 7 de outubro de 2007

Ser feliz

“Pras pessoas de alma bem pequena
Reclamando pequenos problemas
Só querendo o que não têm...”
Blues da piedade – Cazuza e Frejat

Qual o segredo da felicidade? Você é feliz? Você está feliz?
Essas perguntas são bastante subjetivas e acima de tudo pessoais.
E as minhas respostas são respectivamente:

Otimismo e persistência. Sim. Sim.

A felicidade é feita de momentos e cabe a você interpretá-los como bons ou ruins, e principalmente saber aproveitá-los.

Algumas pessoas, de alma bem pequena, insistem em só ver o lado negativo das coisas, sendo pessimistas e infelizes, mas é porque elas querem. Desejam o que não têm, se comparam com outras pessoas “superiores” sob alguns aspectos, só para sofrerem, só para continuarem infelizes.

Tá, sei que não podemos aceitar todas as situações feito idiotas, achando tudo bom, não tendo ambição, nem sonhos, nem força de vontade. Mas só se essas comparações forem um modo de crescer e alacançar ainda mais a felicidade.

Tá, sei que diante de determinadas situações é quase IMPOSSÍVEL achar o ponto positivo, como na morte da Mia, por exemplo.

Mas temos que seguir em frente... Afinal, como mesmo disse Shakespeare: “Não importa em quantos pedaços seu coração foi despedaçado, o mundo não pára para que você possa consertá-lo...”

É isso aí...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

MOMENTO PESSIMISTA


"Não seria querer demais e coincidência demais,
se das 6 bilhões de pessoas do mundo
você se apaixonasse por uma,
e ela justamente por você?