domingo, 6 de junho de 2010

Notas


Lágrimas me vem aos olhos quando o vejo tocá-la
O seu toque gentil mas seguro, num pedido de permissão
Ela permite, porém mal consigo escutá-la
Até que sinto sua voz ecoar na multidão
E a ouço gritar o que meu peito cala
Num secreto pedido de redenção
E a ouço chorar mas me impeço de acompanhá-la
Sabendo que tudo que eu faça será em vão
Ela me invade corpo e alma e não posso evitá-la
E a deixo me tomar pela mão

domingo, 30 de maio de 2010

faceinhole.com






Voltando ao meu blog quase abandonado...

Hoje o post não está muito poético, porque os meus poemas são geralmente tristes, então para meus caros e raros leitores amigos, umas montagens divertidas

1- Blair Waldorf - Gossip Girl
2- Elizabeth Bennet - Orgulho e Preconceito
3- Chuck Bass e Blair Waldorf - Gossip Girl

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cristal

Como cristais prontos a serem quebrados
Como laços prestes a serem desfeitos
Como beijos que sempre serão lembrados
Nos descobrimos imperfeitos

Como o vazio que nunca será preenchido
Como a confiança inexoravelmente extinta
Como a busca pelo perdido
Nos descobrimos falhos, papel e tinta

Como a incerteza do autoconhecimento
Como a certeza da fugacidade
Nos deparamos ao desalento
Certos da mentira e errados da verdade

Como a procura por sentido
Como as razões do inútil e inexplicável
Como a caça a abrigo
Que nos proteja ou nos entretenha até o inevitável.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

perguntas SEM respostas

Por que tentar calar
O que me escapa a cada respiração
O que meu peito insiste em gritar
O que me obstrui a circulação?

Por que meus olhos desviar
Se eles estão tão ligados aos seus
Tão perdidos na imensidão do teu olhar
Na procura do que em mim se perdeu?

Por que me impedir de sonhar
Na sua presença constante em minha vida
Conversas, risadas, descobrir o amar
Num paraíso em que só não haja a saída?

Por que não te desejar
Se você é minha única certeza
Mesmo que outra possa te enfeitiçar
Teu feitiço é minha fortaleza?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

???

"Talvez eu tenha saído de um livro, de um filme ou de um romance
De uma máquina do tempo para o futuro ou para o passado
Talvez eu seja uma ilustração que fugiu quando teve a chance
Ou ainda uma figurante que fugiu de um quadro

Ou talvez eu seja uma mistura, uma receita de um livro louco
Orgulho de Elizabeth Bennet, uma pitada de Ana Bolena,
Letras de Manuela de Paula e de Jane Austen mais um pouco
Uma porção de loucuras de Mia Thermopolis e Georgia Nicolson nada pequena

Talvez tenha mais algo dentro de mim que eu ainda desconheça
Alguém que pense o melhor e o pior das pessoas, embora isso pareça loucura
Ou alguém que se apaixone por pessoas que nem ao menos conheça
Ou ainda que consiga sorrir mesmo que a vida pareça tão escura

Que chore com filmes de comédia romântica adolescente
E ainda acredita em príncipe encantado
Mesmo que ele tenha seus defeitos e ainda não esteja consciente
De que se ele a procurasse melhor já a teria encontrado

Que sonha com romances, livros e épocas antigas
Que desenha rostos desconhecidos e brinca de fazer prosa e poesia
Que brinca de chorar e sorrir com as amigas
Que ri de tristeza e vazio e chora de alegria

Que ama a sua família, seus companheiros de todas as horas
Na qual se incluem seus animais que a amam sem julgá-la
Também ama a música, a leitura, admirar o pôr-do-sol e a aurora
E que ama as pessoas que também são capazes de amá-la

Talvez eu nunca descubra quantas pessoas e sonhos diferentes
Existem em mim e quantos ainda se mostrarão
Ou ainda seja apenas eu mesma abrindo a porta para meu inconsciente
E baixando o som da TV para ouvir meu coração."

domingo, 9 de agosto de 2009

Um outro lugar

A melancolia bate à minha porta
E não faço resistência
Pode entrar

Ela me domina e nada mais importa
Sinto esvair minha consciência
Fundo do mar

As nuvens negras me envolvem
No lugar dos seus braços
Não vou chorar

Os problemas não se resolvem
Ainda ouço seus passos
Mas não posso gritar

A tempestade cai, sem disfarce
As gotas de chuva sangram na janela
Não podem me alcançar

Mas as sinto rolando pela minha face
Abrindo a chaga que se revela
E que não consigo fechar

A distância se impõe entre nós
Com toda sua força e poder
Me sinto sufocar

O nosso amor se torna um algoz
Mas a dor diminui quando pareço desvanecer
Um outro lugar

terça-feira, 28 de julho de 2009

Culto ao inalcançável

Como cegos tateando o ar
Buscamos o inalcançável
Na tentativa frustrada de amar
Fechamos os olhos ao inquestionável

Como pássaros que nos escapam das mãos
Cultuamos o inatingível
Como servos garimpando paixão
Tentando conservar o perecível

Como cisnes se admirando num lago
Reverenciamos a beleza
Dando pedestal a algo tão vago
Cuja efemeridade é a única certeza

Como teias nos prendemos à vida
Tentando conquistar a eternidade
Esquecendo-se de que ela deve é ser vivida
Só assim depois não teremos saudade