“A honra não consiste em não cair nunca,
E sim em se levantar a cada queda”
Confúcio
Se o Cefet-RR falasse, ele teria muito a falar sobre mim, principalmente relacionado a quedas.
Com maior relevância ao 1º ano, pois foi nesse ano que eu não estava totalmente adaptada ao Cefet-RR e até ao meu corpo,
Embora eu ainda não esteja... Totalmente.
QUEDA Nº 1
Era uma aula de biologia.
A minha matéria favorita com meu professor favorito: Udine.
Era uma competição de perguntas e respostas, e alguém deveria marcar os pontos no quadro.
Minha letra não é bonita e não costumo escrever no quadro.
Mas sinto uma leve atração por eles,
Possivelmente devido aos meus pais serem professores.
Mesmo assim demorei para tomar a iniciativa,
Mas como ninguém parecia interessado,
E eu sentava bem na frente, como uma boa aluna,
E além do mais não queria deixar o meu professor lá na frente esperando,
Decidi-me a ir escrever.
Dirigi-me a ele que segurava o hidrocor azul (ou preto?!).
Mas antes que pudesse alcançar meu objetivo,
Minha mão a apenas alguns milímetros dele,
Alguém lançou seu corpo contra mim,
E minhas mãos distanciavam-se cada vez mais do hidrocor,
Enquanto meu corpo caía por cima do professor.
Tentando proteger meus olhos,
Só os abri quando vi a mesa do professor,
E meus joelhos haviam se estabilizado no chão
E olhei para o/a louco/a que tentara me matar,
Era a Ana Maria que tivera um ataque repentino de loucura.
Todos riam sem parar e eu, chorando, por meus joelhos machucados,
E rindo ao mesmo tempo pelo imenso mico, sem entender ao certo o que havia acontecido...
É essa foi uma das piores quedas.
Porque foi na frente de TOOOODAAA a sala,
Nas primeiras semanas de aulas...
QUEDA Nº 2
Essa, na minha opinião, foi a pior.
Como já disse em posts anteriores,
Já participei do grupo de teatro da escola.
Embora nunca tenhamos apresentado a peça,
Ensaiamos o ano inteiro,
Todas segundas e quartas (?)
Nós ficávamos descalços o tempo todo
E eu só aparecia na metade da peça,
Então ficava uma meia hora atrás da cortina.
Num certo dia, eu estava muito apertada,
Então fui correndo ao banheiro,
Mesmo descalça
(sei que é nojento, mas se eu fosse para as
cadeiras pegar minha sandália,
Ficaria na cara que eu ia fugir, e era proibido,
maldade, né?! Ainda mais, estava com pressa!)
Então fui com minha amiga, Andressa.
Quando chegamos lá, as moças da limpeza
Estavam (advinhem!) lavando o banheiro.
Eu, com a maior cautela, usei o banheiro
E enquanto a Andressa fazia o mesmo,
Eu já me dirigia á porta,
Para esperar lá fora,
E evitar maiores problemas.
Ooops....
Meus pés deslizam no sabão
E dirijo meu corpo totalmente para o lado
Enquanto sinto aquele frio na barriga
Que nos diz que vamos cair
E não há nada a fazer
Sem o mínimo de controle
Até alcançar o chão
Enquanto ouço o barulho dos meus ossos chocando contra o solo...
É um barulho muitooo alto.
Quando abro os olhos,
E percebo deitada no banheiro
Olhando pela porta pela qual eu iria sair
Enquanto todas as pessoas que jogavam vôley
Na frente da porta olham e riem,
(por que elas não me ajudaram a me levantar, poxa?!)
E, eu com a dignidade que me restava, me levantei,
Enxugando-me do sabão e saindo o mais rápido dali...
Minutos depois, a Andressa sai,
E diz só ter ouvido um barulho,
E quando se dirigia á porta,
Foi alertada pelas moças da limpeza:
“__ Toma cuidado, porque uma menina acabou de cair feio aí”.