terça-feira, 20 de maio de 2008

Homem que é homem

Em consideração aos homens que visitam o meu blog, destino esse post especialmente a eles, embora as meninas possam usá-lo com outros homens, irmãos, amigos, namorados e tec.


Homem que é Homem não usa camiseta sem manga, a não ser para jogar
basquete.

Homem que é Homem não gosta de canapés, de cebolinhas em conserva ou
de qualquer outra coisa que leve menos de 30 segundos para mastigar e engolir.

Homem que é Homem não come suflê.

Homem que é Homem - de agora em diante chamado HQEH - não deixa sua mulher
mostrar a bunda para ninguém, nem em baile de carnaval.

HQEH não mostra a sua bunda para ninguém. Só no vestiário, para outros homens,
e assim mesmo, se olhar por mais de 30 segundos, dá briga.

HQEH só vai ao cinema ver filme do Franco Zeffirelli quando a mulher insiste
muito, e passa todo o tempo tentando ver as horas no escuro.

HQEH não gosta de musical, filme com a Jill Clayburgh ou do Ingmar Bergman.
Prefere filmes com o Lee Marvin e Charles Bronson. Diz que ator mesmo era o
Spencer Tracy, e que dos novos, tirando o Clint Eastwood, é tudo veado.

HQEH não vai mais a teatro porque também não gosta que mostrem a bunda à
sua mulher. Se você quer um HQEH no momento mais baixo de sua vida, precisa
vê-lo no balé. Na saída ele diz que até o porteiro é veado e que se enxergar mais
alguém de malha justa, mata.

E o HQEH tem razão. Confesse, você está com ele. Você não quer que pensem
que você é um primitivo, um retrógrado e um machista, mas lá no fundo você torce
pelo HQEH. Claro, não concorda com tudo o que ele diz. Quando ele conta tudo o
que vai fazer com a Feiticeira no dia em que a pegar, você sacode a cabeça e reflete
sobre o componente de misoginía patológica inerente à jactância sexual do homem
latino. Depois começa a pensar no que faria com a Feiticeira se a pegasse. Existe um
HQEH dentro de cada brasileiro, sepultado sob camadas de civilização, de falsa
sofisticação, de propaganda feminina e de acomodação. Sim, de acomodação.

Quantas vezes, atirado na frente de um aparelho de TV vendo a novela das 8 - uma
história invariavelmente de humilhação, renúncia e superação femininas - você não
se perguntou o que estava fazendo que não dava um salto, vencia a resistência da
família a pontapés e procurava uma reprise do Manix em outro canal?

HQEH só vê futebol na TV bebendo cerveja. E nada de cebolinhas em conserva.
HQEH arrota e não pede desculpas.

Se você não sabe se tem um HQEH dentro de você, faça este teste.

Leia estasérie de situações. Estude-as, pense, e depois decida como você reagiria em
cadasituação. A resposta dirá o seu coeficiente de HQEH. Se pensar muito, nem
precisaresponder: você não é HQEH. HQEH não pensa muito!

Situação 1
Você está num restaurante com nome francês. O cardápio é todo escrito em
francês. Só o preço está em reais. Muitos reais. Você pergunta que significa o nome
de um determinado prato ao maitre. Você tem certeza que o maitre está se
esforçando para não rir da sua pronúncia. O maitre levará mais tempo para
descrever o prato do que você para comê-lo, pois o que vem é uma pasta vagamente
marinha em cima de uma torrada do tamanho aproximado de uma moeda de um
real, embora custe mais de cem. Você come de um golpe só, pensando no que os
operários são obrigados a comer. Com inveja. Sua acompanhante pergunta qual é o
gosto e você responde que não deu tempo para saber. O prato principal vem
trocado. Você tem certeza que pediu um "Boeuf à quelque chose" e o que vem é
uma fatia de pato sem qualquer acompanhamento. Só. Bem que você tinha notado o
nome: "Canard melancolique". Você a princípio sente pena do pato, pela sua
solidão, mas muda de idéia quando tenta cortá-lo. Ele é um duro, pode agüentar.
Quando vem a conta, você nota que cobraram pelo pato e pelo boeuf" que não
veio.

Você: a) paga assim mesmo para não dar à sua companhante a impressão de que
se preocupa com coisas vulgares como dinheiro, ainda mais o brasileiro;

b) chama discretamente o maitre e indica o erro, sorrindo para dar a entender que,
"Merde, alors", estas coisas acontecem; ou

c) vira a mesa, quebra uma garrafa de vinho contra a parede e, segurando o gargalo,
grita: "Eu quero o gerente e é melhor vir sozinho!"

Situação 2

Você foi convencido pela sua mulher, namorada ou amiga - se bem que HQEH não
tem "amigas", quem tem "amigas" é veado - a entrar para um curso de Sensitivação
Oriental. Você reluta em vestir a malha preta, mas acaba sucumbindo. O curso é
dado por um japonês, provavelmente veado. Todos sentam num círculo em volta do
japonês, na posição de lótus. Menos você, que, como está um pouco fora de forma,
só pode sentar na posição do arbusto despencado pelo vento.
Durante 15 minutos todos devem fechar os olhos, juntar as pontas dos dedos e
fazer "rom", até que se integrem na Grande Corrente Universal que vem do Tibete,
passa pelas cidades sagradas da Índia e do Oriente Médio e, estranhamente, bem em
cima do prédio do japonês, antes de voltar para o Oriente. Uma vez atingido este
estágio, todos devem virar para a pessoa ao seu lado e estudar seu rosto com as
pontas dos dedos.
Não se surpreendendo se o japonês chegar por trás e puxar as suas orelhas com
força para lembrá-lo da dualidade de todas as coisas. Durante o "rom" você faz
força, mas não consegue se integrar na grande corrente universal, embora comece a
sentir uma sensação diferente que depois revela-se ser câimbra.

Você: a) finge que atingiu a integração para não cortar a onda de ninguém;

b) finge que não entendeu bem as instruções, engatinha fazendo "rom" até o lado
daquela grande loura e, na hora de tocar o seu rosto, erra o alvo e agarra os seios,
recusando-se a soltá-los mesmo que o japonês quase arranque as suas orelhas;

c) diz que não sentiu nada, que não vai seguir adiante com aquela bobagem, ainda
mais de malha preta, e que é tudo coisa de veado.

Situação 3

Você está numa daquelas reuniões em que há lugares de sobra para sentar, mas
todo mundo senta no chão. Você não quis ser diferente, se atirou num almofadão
colorido e tarde demais descobriu que era a dona da casa. Sua mulher ou namorada
está tendo uma conversa confidencial, de mãos dadas, com uma moça que é a cara
do Charlton Heston, só que de bigode. O jantar é à americana e você não tem mais
um joelho para colocar o seu copo de vinho enquanto usa os outros dois para
equilibrar o prato e cortar o pedaço de pato, provavelmente o mesmo do restaurante
francês, só que algumas semanas mais velho. Aí o cabeleireiro de cabelo mechado
ao seu lado oferece:
- Se quiser usar o meu...
- O seu...?
- Joelho.
- Ah...
- Ele está desocupado.
- Mas eu não o conheço.
- Eu apresento. Este é o meu joelho.
- Não. Eu digo, você...
- Eu, hein? Quanta formalidade. Aposto que se eu estivesse oferecendo a perna
toda você ia pedir referências. Ti-au.

Você: a) resolve entrar no espírito da festa e começa a tirar as calças;

b) leva seu copo de vinho para um canto e fica, entre divertido e irônico,
observando aquele curioso painel humano e organizando um casamento sobre estas
sociedades tropicais, que passam da barbárie para a decadência sem a etapa
intermediária da civilização; ou

c) pega sua mulher ou namorada e dá o fora, não sem antes derrubar o Charlton
Hesston com um soco.

Se você escolheu a resposta a para todas as situações, não é um HQEH.

Se você escolheu a resposta b, não é um HQEH.

E se você escolheu a resposta c, também não é um HQEH.

Um HQEH não responde
a testes.
Um HQEH acha que teste é coisa de veado.

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO (As mentiras que os homens contam)

Reconheço que o vocabulário do teste é meio pesado, e até machista, mas é muito divertido, espero que tenham gostado.

domingo, 11 de maio de 2008

Mãe Duz


Bem, hoje é dia das mães.
E o que eu poderia dizer sobre ser mãe??!!
Tudo bem que sou mãe da minha pastora alemã, Mona Lisa, mas não soube a educar muito bem, embora ela seja perfeita!!!
Então decidi postar um texto da melhor mãe do mundo, que soube educar três filhas maravilhosas, alcançando a perfeição ao educar a caçula, descrevendo o que é ser mãe:
Aproveitem, e descubram se o meu dom da escrita foi herdado pela genética:


"Quando nasci um anjo esbelto,
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vais carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,
Esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os pretextos que me cabem, sem precisar mentir.

Não sou tão feia que não possa casar,
Ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto, escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
_ dor não é amargura, dor é nossa história.

Si fico triste é a t.p.m, se estou alegre,
Sua raiz, vai ao meu mil avô.
O primeiro presente que me ofertaram,
Cobraram a mim uma dor que só eu suportaria.
Se estiver em perfeita condição.

Quando os deuses me escolheram para
Essa missão, me disseram, se não aceitares,
A terra não terá o representante dos deuses.
Escolhi a ti, mulher, porque só tu, em meio a
Tanta dor é capaz de sentir prazer.


Parei refleti, e disse minha missão é muito árdua,
Não sei se terei forças para realizar.
Conseguirás sim, disseram os deuses:
Terás paciência diante da dor,
Fortaleza diante das adversidades,
Tolerância diante das teimosias,
Bravura diante das fraquezas e amor
Para perdoar o teu filho diante de qualquer
Erro, e ainda sentir-se culpada e pedir perdão:
Meu filho, eu te amo!"

MARIA DE JESUS LIMA DE OLIVEIRA

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Apenas mais uma de amor


Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de convencer
Eu acho tão bonito
Isto de ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
Eu digo vai doer
O que eu ganho,e o que eu perco
Ninguém precisa saber

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de convencer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
Eu vou sobreviver
O que eu ganho,e o que eu perco
Ninguém precisa saber
Precisa saber