sexta-feira, 21 de agosto de 2009

???

"Talvez eu tenha saído de um livro, de um filme ou de um romance
De uma máquina do tempo para o futuro ou para o passado
Talvez eu seja uma ilustração que fugiu quando teve a chance
Ou ainda uma figurante que fugiu de um quadro

Ou talvez eu seja uma mistura, uma receita de um livro louco
Orgulho de Elizabeth Bennet, uma pitada de Ana Bolena,
Letras de Manuela de Paula e de Jane Austen mais um pouco
Uma porção de loucuras de Mia Thermopolis e Georgia Nicolson nada pequena

Talvez tenha mais algo dentro de mim que eu ainda desconheça
Alguém que pense o melhor e o pior das pessoas, embora isso pareça loucura
Ou alguém que se apaixone por pessoas que nem ao menos conheça
Ou ainda que consiga sorrir mesmo que a vida pareça tão escura

Que chore com filmes de comédia romântica adolescente
E ainda acredita em príncipe encantado
Mesmo que ele tenha seus defeitos e ainda não esteja consciente
De que se ele a procurasse melhor já a teria encontrado

Que sonha com romances, livros e épocas antigas
Que desenha rostos desconhecidos e brinca de fazer prosa e poesia
Que brinca de chorar e sorrir com as amigas
Que ri de tristeza e vazio e chora de alegria

Que ama a sua família, seus companheiros de todas as horas
Na qual se incluem seus animais que a amam sem julgá-la
Também ama a música, a leitura, admirar o pôr-do-sol e a aurora
E que ama as pessoas que também são capazes de amá-la

Talvez eu nunca descubra quantas pessoas e sonhos diferentes
Existem em mim e quantos ainda se mostrarão
Ou ainda seja apenas eu mesma abrindo a porta para meu inconsciente
E baixando o som da TV para ouvir meu coração."

domingo, 9 de agosto de 2009

Um outro lugar

A melancolia bate à minha porta
E não faço resistência
Pode entrar

Ela me domina e nada mais importa
Sinto esvair minha consciência
Fundo do mar

As nuvens negras me envolvem
No lugar dos seus braços
Não vou chorar

Os problemas não se resolvem
Ainda ouço seus passos
Mas não posso gritar

A tempestade cai, sem disfarce
As gotas de chuva sangram na janela
Não podem me alcançar

Mas as sinto rolando pela minha face
Abrindo a chaga que se revela
E que não consigo fechar

A distância se impõe entre nós
Com toda sua força e poder
Me sinto sufocar

O nosso amor se torna um algoz
Mas a dor diminui quando pareço desvanecer
Um outro lugar