• Durante minha infância, não queria ser médica, para não ver as pessoas morrerem, mas depois decobri que o melhor jeito de não vê-las morrer era sendo médica para ajudá-las a viver o máximo de tempo possível com o máximo de qualidade possível;
• Fiz um ano e meio de cursinho, mas só no ano passado me dediquei pra valer, era um objetivo fixo, era minha sina: passar no vestibular. Portanto, me esforçei ao máximo para isso. Meu signo, capricórnio, tem essas características: persistência, gosto por desafios e teimosia;
• Inscrição do vestibular: no 1° dia de inscrição lá estava eu. Porém houve dois problemas na minha inscrição:
Não havia número de inscrição na folha!
Eu havia assinado a inscrição, embora fosse menor de idade, o que infringia as regras.
Mas acho que Deus estava a meu favor e deu tudo certo;
• Antevéspera de vestibular: estavam todos na sala (10931–CEFET-RR) apreensivos com a prova que seria dali a dois dias. O vestibular é algo muito complicado, toda a sua vida estudantil, tudo que voce já aprendera na sua vida, todo o seu conhecimento é testado. Envolve conhecimento, é claro, mas precisa de sorte e acima de tudo de otimismo e fé em Deus de que tudo dará certo;
• Despedi-me dos meus amigos tanto do CEFET-RR quanto do cursinho, como se fosse para uma batalha em que poucos sairiam vencesdores, afinal a vida é assim, os sonhos são muitos e as oportunidades poucas. Chorei bastante, com medo de como me sairia no domingo. Faltavam poucas horas.
• No sábado, estava mais calma, e, contra a regra geral, aproveitei para revisar todo o conteúdo lendo uma apostila de fichas-resumo.
• Às seis horas, ainda no sábado, decidi parar de estudar. Se eu não soubesse algo não era agora que iria aprender, toda a minha preparação terminava ali.
• Precisava me descontrair para a batalha da próxima manhã, no dia 5 de novembro.
• Era dia 4 de novembro, soubera que haveria show no Parque Anauá, de graça, adivinha de quem, KLB. Meio brega eu sei, eles são meio metidos, mas, no fundo eu gosto, e acho o Leandro de cabelo grande um gato! (cada um tem seus gostos, não tentem me matar...)
• Foi ótimo, apesar de tudo, embora eles tenham me parecido um pouco metidos e falsos. Eles não cantaram minha música predileta deles (Obssesão), nem Anjo, mas cantaram “Cada dez palavras” da qual eu gosto muito, e Ana Júlia.
• Pretendia ficar por um tempo a mais, mas quando eram 11 horas, duas mulheres começaram a se bater e minha mãe disse: “Quero que voce esteja viva amanhã de manhã!”
• Por incrível que pareça, consegui dormir (embora pensasse que não conseguiria). Acordei de alma lavada, pronta pra ir. Foi uma das melhores manhãs da minha vida, a prova estava num bom nível de dificuldade e eu estava confiante.
• Passei o dia ansiosa para ver o gabarito, mas ele demorou muito pra sair e a internet na minha casa não estava funcionando, apenas à noite, soube o gabarito, havia feito 111 pontos, levei uma baita ovada.
• Na segunda-feira, a vida continua, o primeiro tempo era educação física e o prof° Carmono não deixa os alunos atrasados participarem das aulas. Mas não consegui acordar cedo e cheguei um pouco tarde na escola. Fui para o ginásio, todos os meus colegas estavam alongando sob orientações do Prof°. Quando me viram (inclusive o prof°) começaram a bater palma. Meu coração acelerou, foi um momento bem emocionante, do qual nunca esquecerei.
• Ninguém conseguia mais prestar atenção nas aulas, nem mesmo eu, que sempre fora tão boa aluna. As melhores aulas eram as de educação física, na qual ficávamos na piscina jogando pólo aquático. Minha turma ficou muito amiga nos últimos dias de aula, sentirei e já estou sentindo muita falta deles.
• No dia 31 de janeiro finalmente saiu o resultado final. Eu nem mais o esperava depois de tanta tortura nas férias. Era uma manhã comum, minha mãe e karla haviam saído e, poucos minutos depois, ligaram dizendo palavras soltas: “Traz a máquina”, “o Leonardo”, “vem aqui”. Então, tentei associar essas duas informações: “O Leonardo (cantor) está aqui e vamos vê-lo chegar no aeroporto e tirar fotos???!!!”
• Mas quando passei pela antiga biblioteca e vi um amontoado de gente, associei de outra forma: “saiu o resultasdo, o Leonardo também passou, traz a máquina!” meu coração acelerou quando vi meu nome na lista de aprovados, começei a rir e chorar e fiquei imensamente feliz. Embora poucos amigos meus tivessem sido aprovados pra medicina também.
• No mesmo dia cortei minhas longas madeixas e adquiri meu novo visual (depois de levar muita ovada e abraços da minha famíla) de acadêmica de medicina...
• Próximo post: minha saga de acadêmica de medicina... aguardem!
quem sabe...
Há 13 anos
3 comentários:
eeeeeeeeeeeeeeeeeee
a 01 contando td seu percurso até o vestibular... =))))
ei, a parada do Leonardo foi engraçada...
por incrível que pareça ele tbm estava envolvido qd fikei sabendo do resultado... meu pai que me informou da forma mais linda possível, e foi o Léo quem contou para ele...
agora, vc devia ter colocado uma fotinhu de algum momento de ovada que vc levou...
HEHEHEHEHE
TEM POST NOVO NO VIDA MÁGICA!
Aaaai, Jérula! Quanta coisa boa a gente vive mesmo em meio a tanta pressão e ansiedade, né? Eu senti agora cada detalhe que você descreveu tão bem nessa sua saga. E o Cefet que deixa saudades em todos os corações que passaram por lá. Saudade boa!
Vou ficar aguardando agora a sua saga de acadêmica de medicina.
Beijo pra você!
P.S.: Adorei a parte de Leonardo. Rs.
Parabéns !!
:D
Postar um comentário