Todo lugar tem seu jeito especial de ser, e alguns em especial nos deixa com muitas saudades.
Cada lugar, que nos deixa saudades, causa tal sentimento por inúmeros motivos, tanto por seu sentido concreto realmente, como um lugar fixo, ou principalmente pelos momentos relacionados a tal lugar, e ainda mais principalmente às pessoas relacionadas.
E um lugar desses é o Colégio de Aplicação... Eu sinto tantas saudades. Mas é um tipo especial de saudade, não é do tipo que você vai ao lugar, dá uma olhadinha e pronto, acabaram-se as saudades.
Não. É um tipo diferente. Não está tão associado ao lugar em si, mas a um tempo que não volta mais, e nunca voltará, e talvez, seja até melhor assim.
Não dá pra pensar nessa escola e não lembrar das ARs (o significado é segredo até hoje), eu (ARMP), Kelle, Késia (as gêmeas), Kennya (pra variar já estava tentada a colocar um ^ no e) e Maressa.
Aplicação foi uma das escolas que eu mais amei e ainda amo. Foi lá que eu tive a minha primeira melhor amiga, sem contar as minhas irmãs, a qual eu guardo num lugar muito especial no meu coração: MARESSA.
Não dá pra pensar na Maressa e não lembrar da Vila da Aeronáutica.
Lá passávamos tardes brincando de Barbie e The Sims, e indo pra piscina do Clube, e comendo aquele pastel maravilhoso, com tanto recheio como nunca havia visto antes, e ajudando a fazer o almoço (teve até a história de um suco de limão horrível. Porque a Maressa sabia fazer suco tirando a casca do limão e colocando com semente e tudo. Já eu cortava os limões no meio, tirava a semente e espremia com um garfo. No meio disso tudo, no suco tinha limão, semente e até casca. Ninguém teve coragem de tomar. Argh!) e subindo na goiabeira, e tomando banho no chuveiro que ficava no quintal, e brincando de elástico e etc...
Não dá pra pensar na Maressa e não lembrar de como éramos as maiores CDF’s da turma. Fazíamos sempre as provas juntas, até quando era sorteio... E tinha vez que o profº de matemática nos liberava das provas, já sabendo que íamos passar (nem me acho, né?!), e já nos dava 100, chique, não?!
Não dá pra pensar nas gêmeas, e não lembrar de todas as tardes em que voltávamos andando e admirando o lindo pôr-do-sol, cantando músicas do BR’OZ (eu e a Kelle amávamos o Matheus). Das inúmeras declarações de amor que a Kelle recebia de todos os garotos, assim como no CEFET-RR. Dos jogos de vôlley, em que as gêmeas, as melhores jogadoras da escola, me deixavam entrar nos times delas, mesmo sabendo que eu era a pior. A Kelle que me ensinou a sacar na parede do ginásio, e, depois disso, eu nunca errava, embora o meu saque fosse colegial. De nós apaixonadas por toda a seleção masculina de vôlley, eu pelo Giba, é claro, e a Kelle e a Késia pelo André Nascimento, se não me engano.
Não dá pra pensar na Kennya e não se lembrar de como brigávamos de vez em quando, mas no final tudo ficava bem, e como vivíamos grudadas quando fazíamos a 2ª série, e mesmo eu tendo ficado na Paraíba um ano e meio, depois disso, quando formamos as ARs nossa amizade se renovou, e quando íamos fazer trabalho na casa dela, aquela maquete de invasões bárbaras que ficou simplesmente divina, e os nissins que comíamos, enquanto assistíamos os jogos da seleção de vôlley, ainda mais que a Kennya, assim como as gêmeas, era uma das melhores jogadoras da escola.
E pensando em ARs não dá pra esquecer do nosso grupinho rival, que não revelarei os nomes, embora a rivalidade fosse mútua. Era bem típico de filme norte-americano. Nós éramos as nerds e esportistas (meio misturado, um pouco de cada) e elas eram as meninas- mulher, cheias de namorados, vivendo na KGB ( a África da época) e se achando superiores só por terem começado a namorar antes da gente, embora a Maressa tenha começado cedinho também, mas não futilmente como elas.
Mas nós também nos sentíamos superiores, e a rivalidade nunca acabou por completo.
Esses tempos são inesquecíveis e já fazem parte de mim, até da minha alma. Amo vocês, ARs.
ARs é vida
ARs é verdade
ARs é a prova
Da mais pura amizade
Jérula Lima
5 comentários:
Lindo lindo lindo!
É nesses casos que a gente pode provar a teoria de que as pessoas fazem a beleza, a harmonia do lugar. Não fosse essa doçura que a gente encontra no meio da caminho, a saudade não seria algo presente e as lembranças não mereceriam lugar agradável.
Tenho lembranças linda do ML, do Cefet. E não pelo lugar, mas assim como você, pelo bem que me fizeram as pessoas que ali se encontravam.
LINDO texto, Jérula!
E bom, o texto lá do blog eu acabei de deletar. ODIEI! Era em terceira pessoa, mas era uma ficção baseada em fatos reais. Rs. Não 100%, mas grande parte.
Cheiro.
=*
Perfeito... HAuauahhahuh... Um dia também eu tive rivais... E foram muitos... Inúmeros... Na Realidade eu sempre fui um Free-Lancer... Um cara que estava sempre na sua e pouco se lixava para os outros... O caladão meio CDF da turma (mas sempre preferi o termo "Ser do Abismo" - Pois sentava no fundão). Hoje acho que foi uma besteira ter tantos antagonistas (a Grandeza do homem não é medida pela quantidade de seus inimigos e tempo em que estes perdurem após até sua morte- contrariando Montesquieu- mas pelos Amigos; assim creio)
Também não somente lugares que vivemos nos fazem lembrar, às vezes as memórias dos outros também nos fazem... Seu Colégio de Aplicação descrito em seu texto fez eu reviver o meu CNSA, e sabe, aquelas paredes falam... Cada vez que de lá me recordo, lah estou a tocá-las e ver quanta vida depositada está.
01, minha cara... Pouco tempo falta para deixar de ser minha caloura, mas ainda antes de concluir o curso... HEHEHEHE... Vai ser minha Interna-1 (I1)- Viu?! O 1 não deixará vc fugir...
Ah! Eu também sempre fui uma Arma-X nos esportes, defini sempre quem ganhava - Era só me passar pro time adversário que este perdia- Mas assim são as coisas. A beleza eh que mesmo assim (um caso perdido), Rubenilton sempre tentava me ensinar um passe novo e me colocava em seu time.
Amigos são tudo! Ah, e vc eh minha amiga também, tahz?! Apesar de nossa proximidade não se fazer tão presente quotidianamente, um Beijãoz, minha linda!
legalzim o texto... jah eu naum sinto tanta saudades da Aplicação... na verdade, um momento da vida que gosto de lembrar é no Cefet... o período do primeiro ano, quando eu andava com Kimã, Jonatas, Piau, Moacir e, para não ser a única menina, com a Alê... =D No terceiro ano, tbm houve um momento bem bacana... era um grupo de uns 18 ou 20 alunos... contra seus rivais (A Corja!) que era composta de 6 inimigos reais e 2 q considerávamos neutros que penderam pro lado negro... =S
só que esse ano foi bom por poukim tempo, depois virou o inferno, sendo o ano de 2005 um dos piores para mim... É a vida!
é sempre bom lembrar de coisas boas... Daki a alguns anos vc jah vai estar com saudades de mim na época da faculdade, quem sabe!! HEHEHEHEHEHHEHE
Muito interessante...
Este teu texto me fez até reviver algumas coisas que eu vivi no colégio...
Relembrar as bagunças, amizades e tudo mais...
Excelente texto...
ei, atualizei meu blog.
bjossssssssss
Ai ti lindo!!!!
Eu to me achando agora!! ehehe
Que honra ser sua primeira melhor amiga, saiba que vc tb foi o mesmo pra mim, ateh pq antes da 5ª serie só tinha "amiga" pra brincar, se sujar e como vc foi minha primeira amiga d Roraima, vc foi minha primeira melhor amiga!!!
q romantico!! (num vai chorar)
É engraçado como pequenas coisas do tipo "suco d limao" ou "banho no chuveiro do quintal" marcaram nossa amizade neh! E depois de tanto tempo separadas, tah mais do que provado que será pra sempre!
Obrigada pela linda homenagem!
Eu amo mto vc!! ^.^
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