Eu sei que já estava devendo esse post há um tempão. Mas agora que estou com o tempo um pouco mais livre (até parece!!!) resolvi escrevê-lo.
Eu não posso dizer com certeza quando passei a amá-lo. Pode ter sido no dia que o vi pela 1ª vez ( pela TV, é claro), pode ter sido no ano passado quando li o livro “Só as mães são felizes” escrito pela mãe dele. Pode ser quando ouvi a música beija-flor pela 1ª vez, ou maior abandonado, ou qualquer outra.
Realmente não sei, só sei que aos poucos minha admiração por esse artista tão maravilhoso foi crescendo tão esplendorosamente que já o considero o maior compositor e cantor do mundo, não tem pra ninguém.
Eu vou mostrar pra vocês o quanto esse artista é admirável a partir de uma conversa que eu tive com ele um dia, ou ainda terei ou fará sempre parte apenas da minha imaginação.
Estava meio escuro, era uma praçinha pequena, com aqueles bancos de praça, parecidos com os da música do Bruno e Marrone. Mas eu não dormi na praça.
Ele sentou ao meu lado. Demorei um pouco para reconhecê-lo e gritei:
__Cazuza! É você?! Meu Deus! Eu te amo tanto. Você é maravilhoso. Como você consegue fazer umas músicas tão lindas, tão verdadeiras e ainda por cima cantar tão bem, com essa sua voz rouca e essa presença de palco?
__Faz parte do meu show, meu amor...
__Meu Deus. Nem em sonho eu imaginei esse momento. Mas, se eu fizer uma pergunta meio indiscreta, você me responde?
__Por você eu faço tudo!
__Ai, eu me sinto tão lisonjeada. Mas... Você não está morto? Como é que eu estou falando com você agora? Será que eu estou louca? Ai meu Deus!
__Se eu te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão...
__Está bem então, eu confio em você. E já que você veio me fazer uma visita... Você quer fazer alguma coisa?
__Só se for a dois...
__Sei lá. Ir pra algum lugar. Tem preferência?
__ Me leve para qualquer lado...
__Eu tenho outra pergunta. Sei lá, se você está morto mesmo, deve ter dado um trabalhão vir aqui para o mundo dos vivos. Eu estou adorando a sua visita, mas por que eu? Você quer algo de mim?
__Só um pouquinho de proteção pra um maior abandonado...
__Mas você nem me conhece direito. Nem sabe se eu sou confiável.
__Adoro um amor inventado.
__Eu também. Também tenho essas histórias de amor platônico. Está bem. Vou parar de questionar. Vamos então andar sem rumo por aí.
Andamos um tempão. Ele falou dos seus medos, aflições, alegrias e experiências eu também falei das minhas, embora não fossem tão emocionantes quanto as dele.
Passaram-se horas. O dia estava amanhecendo (que nem na música do Bruno e Marrone, só não apareceu o guarda, ainda bem). E ele parou, segurou minhas mãos e disse que tinha que ir embora e que havia adorado o nosso passeio. Eu meio chorosa respondi:
__Ah, Cazuza. Eu não acredito que você já tem que ir. Mas foi maravilhoso. Inesquecível. Mas você não pode nem ficar mais um pouquinho?!
__O tempo não pára.
E desapareceu...
2 comentários:
Padrãoz... Eu jah sabia que vc gostava bastante dele, mas a ponto de Necrofilia, hehehe... Brinkdeira... Eu também imagino a Hécate e a Perséfone muito bonitas, se bem que aí meu Platonismo jah é muitooooo longe... HUAhuahuhuauhuhauah... Abraçowz... estava com Saudades... Qualquer coisa, tow pelo msn, abraçowz...
Que fofo, Jérula!
Que bom que você veio escrever sobre Cazuza pra gente. E adorei a maneira do diálogo, com trechos das músicas clássicas e conhecidas.
Cazuza tá no meu top. Não em primeiro lugar, mas sempre presente.
Um beijo.
=*
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