quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Férias

“Quando a canção se fez mais clara e mais sentida,
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida...”
Caetano Veloso



Meu blog está um pouco jogado às baratas, admito. A única coisa que tenho a dizer em minha defesa é que estou tentando aproveitar as férias, que infelizmente já estão acabando, para ler todos os livros que não pude e não posso ler durante as aulas, como “Quando Nietszche chorou”, “O caçador de pipas”, “Razão e sensibilidade”, “O evangelho segundo Jesus Cristo”, de José Saramago e outros...

ao mesmo tempo aproveitei para assistir à 1ª temporada de House, gentilmente cedida pela Leidi, uma das minhas maiores companheiras de férias... Esse seriado é muito bom, divertido e inteligente e curou a minha dor pós-último capítulo de “Donas de Casa Desesperadas” RedeTV.

Além disso, passei a dedicar algumas horas diárias a me deleitar com os maiores poetas brasileiros: Cazuza, Renato Russo, Raul Seixas, Caetano Veloso, Engenheiros do Hawaí, Paulo Ricardo, Chico Buarque, Gal Costa, Ângela RôRô, Cássia Eller e outros...

Ainda estudei e tenho estudado um pouco, afinal, ninguém é de ferro... História da Medicina, com a companhia de Darcy Lima, Oncologia, com as instruções do meu caro Luigi Bogliolo, e outros...

Freqüentei assiduamente as pizzarias da cidade acompanhada de novos e velhos amigos, rindo bastante e tentando aproveitar o deserto Boa Vista... Também dei umas fugidas para o interior de Boa Vista aproveitando esse lugar incrível (nada de ironia...) e percebi que qualquer lugar, bom (como no caso desta cidade e dos ótimos sítios do interior) ou ruim, é perfeito quando você está acompanhado pelas pessoas de quem gosta...


É... Faltam menos de três semanas para a volta ás aulas... 2º ano...
Ui... Acho que agora os professores esperam que nós saibamos algo de Medicina, não terei mais a desculpa de ser uma caloura ignorante....


Outra minha ocupação dessas férias são os planos escusos para o trote 2008, que ficará na história, sem tragédias... Espero...

Calouros, parabéns... Aproveitem os últimos dias pré-medicina... E se vocês não gostam de PBL, desistam já, covardes!!!

Mas se um método novo e “revolucionário”, usado inclusive na Faculdade de Medicina de Harward, não botar você para correr, mais uma vez parabéns... Não é todo mundo que consegue...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Em defesa dos animais


 O que diferencia os humanos dos demais animais?
R= Nós somos racionais e eles irracionais.

Sim, essa resposta poderia justificar essa pergunta apenas na passagem do séc. XVIII ao XIX. Não agora, em pleno séc. XXI.
Há, de forma generalista, 3 cérebros que compõem o nosso cérebro, ou seja, 3 níveis de cérebro. O 1º nível é o básico, necessário para as funções vitais (respiração, digestão, excreção e outros), é comum a todos os animais a partir dos répteis. O 2º nível é o médio, o sistema límbico, dos sentimentos. Comum a partir dos mamíferos, permitindo-nos distinguir o que nos agrada e o que não nos agrada. Já o 3º nível, mais complexo, é o gerador de idéias, comum aos primatas.

Mas, deixando de lado os aspectos científicos, sem nem precisar folhear um livro de neuroanatomia, podemos perceber no dia-a-dia, que os animais são racionais (pelo menos, tem uma espécie de raciocínio mesmo que primitiva) e conseguem, de algum modo, se comunicar conosco e entre si.

Eu tenho uma filha, ela é pastora alemã e se chama Mona Lisa. Tem 4 anos, e uma completa aversão contra carrapatos. Tem sua própria casa no quintal, com cerâmica, lâmpada e tudo. Minha missão diária é alimentá-la 3 vezes ao dia, trocar sua água e ir vê-la quando ela me chama.
Certa tarde, ela estava bem alvoroçada. Chamou-me umas duas vezes para tirar carrapatos que andavam no chão da casa dela. Livrei-me deles e informei:
__Lisa, se aparecer mais algum é só você me chamar.
“Sei disso”... Respondeu ela.
Estava eu assistindo TV, meia hora depois, quando ela me chama. E eu, como boa mãe, fui vê-la. Percorri toda sua casa (uns 2,5 X 1,5 m²) sem encontrar qualquer carrapato.
__Cadê, Lisa?
E ela me olhava tentando encontrar uma forma de dizer o que lhe afligia. Enquanto eu percorria a casa procurando a razão do chamado. Digamos que ainda estava com a cabeça na televisão sem prestar muita no que acontecia a minha volta. Uns cinco minutos depois, após tentarmos achar uma solução para o problema, Lisa levanta com a boca sua vasilha d’agua completamente vazia e a entrega pra mim.
Talvez a inteligência de minha filha seja genética! Será?!


Outro fato incluindo comunicação entre humanos e animais envolve as seguintes palavras: PASSEAR e GUIA. Jully e Ana Júlia, as poodles da minha casa, admitiram essas palavras quase como seus segundos nomes.
PASSEAR: Inicialmente fazia efeito apenas em Jully, mas nessas férias Ana Júlia também aprendeu. Só é eu dizer passear, que as duas olham pra mim enquanto inclinam a cabeça. Se me levanto, elas se levantam e correm latindo, super felizes com o passeio que lhes aguarda.
GUIA: Apenas Ana Júlia aprendeu esse termo. Sempre quando voltamos das “passeadas” ela nos segue até onde iremos guardar os guias, geralmente o guarda-roupa. Quando chega a hora da próxima “passeada” e perguntamos: “Cadê o guia?!”, ela já fica a postos e corre para o guarda-roupa.

E essas só são algumas histórias que aconteceram com as minhas cachorrinhas, mas há inúmeras que qualquer pessoa que goste de animais com certeza irá contar e se vangloriar de quão esperto é o seu animal independente do que os céticos achem.