domingo, 22 de junho de 2008

Só preciso

Só preciso de um olhar
Pra saber que você me ama
Um sorriso
Pra saber que você é meu
Um toque
Pra planejar nosso futuro
E um beijo
Pra acreditar em tudo isso.



Jérula Lima

terça-feira, 17 de junho de 2008

Incrível

Incrível
Destino, Coincidência
Incrível
A magia da ciência
Incrível
O olhar na sua essência
Incrível
Sua boca, indecência
Incrível
Seu sorriso, inconsciência
Incrível
Sua voz, beneficência
Incrível
Seu beijo, divina providência
Incrível
Você, minha existência.


Jérula Lima

terça-feira, 10 de junho de 2008

Ele



Cheguei em casa enfadada, após caminhar bastante e sem querer muita conversa. Mas não era o meu dia de sorte. Mal cheguei deparei com ele, com cara de quem queria conversar.
Fingi que não o vi, ultimamente era comum ele vir me procurar, talvez por alguma coisa que minha mãe tenha falado que tenha dado alguma esperança a ele. Mas essa técnica de fingir não percebê-lo estava dando bastante certo nos últimos tempos.
Mas dessa vez parecia que ele não iria desistir tão fácil:
__Até quando você vai fingir que eu não existo? __perguntou ele, parecendo agastado e ofendido com minha falta de modos.
Permaneci em silêncio, ainda não havia reparado que ele estava realmente determinado a conversar.
__Você vai continuar mesmo fingindo que eu não existo?!__ Ele agora parecia um pouco irritado.
Continuei a ignorá-lo, quando ele segurou o meu braço, me puxando para perto dele.
__Nós não podemos ficar assim a vida toda! Você não pode ignorar a minha existência eternamente!
__Você que pensa... __respondi finalmente com toda a minha calma e paciência.
__Pelo menos você poderia falar o que eu fiz pra você?! Por favor! Eu posso desaparecer da sua vida pra sempre, mas pelo menos me diz o que eu fiz que te magoou tanto!
__O que você fez?! __Exclamei, perdendo a calma, e alteando o tom de voz, ao mesmo tempo que as lágrimas começavam a querer escapar, mas eu não permitiria que escapassem, não na frente dele.
Desvencilhei-me do seu braço e me afastei. Algumas lágrimas ainda se esvaíram, mas não permiti que ele as visse. O que mais me magoava era ele fingir que não sabia o que havia feito. Como ele poderia não saber?! Como?!
__O que você fez?! Você não sabe o que você fez?! Qual é o seu problema?!
__É, eu não sei. Nós sempre nos demos tão bem e do nada você começa a me ignorar. O que houve?!
__Do nada?! Como assim do nada?! A única coisa que aconteceu é que eu cansei. Cansei! Nós nunca nos demos bem! Você nunca foi totalmente sincero comigo! Você me iludiu com suas falsas promessas! Com suas promessas de amor verdadeiro, de príncipe encantado, amor eterno. Eu era uma criança, e você, junto com esses livros, filmes, músicas, novelas me fizeram acreditar que o amor existia e que eu o teria e viveria feliz para sempre!!! Mas eu descobri a tempo que era tudo mentira! E dei ouvidos à minha razão, em vez de entregar a minha vida e o meu destino a você.
__Do que você está falando, garota? Você não entende nada da vida. O melhor da vida é sonhar. Eu não lhe disse que tudo era verdade, apenas mostrei a você como é melhor encarar a vida do meu jeito, tudo fica mais bonito com a fantasia, até mesmo com a ilusão! Mas você, tão racional, quer concretizar o amor! O amor é abstrato! Foi você que nunca soube amar, com seu perfeccionismo e ostracismo nunca permitiu que o amor conhecesse você e que você conhecesse o amor. O amor não pode ser interpretado ao pé da letra e você jamais pode querer que ele seja perfeito.
__O amor é perfeito em sua imperfeição. Você não pode exigir tanto dele, nem querer que ele seja perfeito. Ele é construído por duas pessoas, o que você quiser que ele seja vai depender de você torná-lo nisso, com o consentimento do outro.
__Lá vem você de novo. Você acha que ainda me convence com essas suas filosofias baratas de livro de auto-ajuda. Por favor. Eu sou imune a você. Totalmente imune. Pode falar o que quiser, que não mudará em nada a minha opinião sobre você e sobre o amor e toda essa baboseira. __Disse eu, gritando, como numa tentativa de me fazer acreditar no que eu mesma falava. Era incrível como ele sempre vinha com o mesmo papo pra cima de mim, com algumas palavras mudadas, e eu sempre ficava na dúvida, me perguntando se aquilo era verdade, se aquilo podia ser verdade.
Mas acho que apesar das minhas incertezas, ele não percebeu qualquer fraqueza nos meus argumentos.
__Eu estava certo mesmo, acho que você ainda não está pronta para essa conversa. Fico tão triste por você ter ficado tão racional, como você mesma diz. Mas eu não vou desistir de você. Não desistirei nunca. Você é uma garota linda e um dia voltará a sonhar e eu serei o seu eterno companheiro.
Eu não respondi nada. Não havia o que responder. Apenas fiquei com uma angústia no peito quando ele foi embora, voltar a fazer sua clássica missão. O mesmo de sempre. Bombear sangue.

domingo, 1 de junho de 2008

15 minutos de fama


Posso dizer que já tive alguns 15 minutos de fama, mas quem não teve?
Qualquer louco que se jogue de um prédio pode ter. Mas o divertido é quando são coisas boas, é claro!
Então, decidi contar alguns meus.

1 – Nasce uma estrela

Bem, como eu já disse num post sobre curiosidades, quando nasci eu ganhei o prêmio de bebê mais lindo da maternidade. Que lindo! Minha mãe me conta até hoje como todos os pais ficavam babando ao me ver e exclamando o quanto eu era linda!!! Incrível, não!?

2 – Bailarina

Quando eu morava em São Paulo, dos 3 meses aos 4 anos, eu não tinha nada pra fazer, assim como as demais crianças dessa idade. Mas eu não me contentava com isso, brincar, comer e dormir era tão monótono!!! Então um dos meus passatempos era imitar minhas irmãs.
Como elas estudavam, eu estudava também. E com 3 anos eu já sabia todas as cores em inglês, além de já saber ler (pelo menos dava para enganar um pouquinho).
Numa das festas da escolinha da Raquel (7 anos na época, e eu 3), ela iria apresentar uma dança com uns coleguinhas e aproveitava o tempo livre em casa para ensaiar, e como cobaia, me pegava para ensaiar com ela. Eu, é claro, nem reclamava...
No grande dia, a apresentação estava começando, com toda a turma da Raquel arrumada e apresentando a dança no palco. Mas eu havia ensaiado tanto, e nem ia me apresentar. Poxa!!!
Foi quando eu escapei da minha cadeirinha, e fui pro palco fazer a minha dancinha. Quando todas a mães e professoras desesperadas ficaram tentando me tirar dali, pois eu iria atrapalhar tudo, viram que eu fazia a coreografia direitinho...
“Bote aqui, bote aqui o seu pezinho. Bem juntinho, bem juntinho do meu”...
A música era mais ou menos assim, e minha mãe me conta até hoje que eu virei a estrela do dia!!!

3 – Atleta

Uma das minhas histórias de atleta eu já contei num dos posts (campeonato de queimada) em que eu fiquei uns quinze minutos correndo de um lado pro outro (com meus cinco aninhos) fugindo das boladas que as meninas da 2ª série queriam me dar, já que eu era a única sobrevivente do time da 1ª série bem na final do campeonato. Mesmo que eu tenha chorado no meio do jogo, e levado duas boladas, eu virei a heroína do dia.

Na segunda vez, foi no campeonato de Handball na Paraíba. Como eu tinha sete anos e fazia a 3ª série eu era a mascote da turma (como sempre fui) e praticamente as meninas do outro time não me viam. Mesmo que nós tenhamos perdido o campeonato dos jogos escolares, ficando com medalha de prata, eu fiz os únicos três gols do meu time, contras uns quinze do outro...mas... tudo bem!

4 – CDF

É, carreguei essa fama por toda a minha vida. Mas acho que o meu recorde foi o vestibular, definitivamente. Eu sempre desejei e esperei passar no vestibular. Mas sempre imaginei a concorrência tão acirrada e pesada, que ficar em 1º lugar parecia mais uma das viagens que estou tão acostumada a fazer (como conhecer o Johnny Depp um dia, ou conhecer Jérula, a província de Nápoles, ou ainda encontrar um dia o meu Michael Moscovitz, essas coisas).
Primeiro foi bem estranha a segunda-feira após o vetibular. Eu já havia decidido que após o vestibular teria minha carta de alforria e viraria irresponsável. Como ficar lendo As Crônicas de Nárnia no meio da aula, ou chegar atrasada, essas coisas.
Então, no dia 06 de novembro, segunda-feira, acordei atrasada, 7: 25!!!! Tipo, eu tinha feito 111 pontos, tinham me dado ovadas, e eu estava bem cansada. Mas a 1ª aula era educação física com o Carmono. E amava as aulas, porque jogávamos futsal, e eu estava começando a fazer gols (!). Mas o professor não deixa entrar atrasado! Oh, oh!
Mesmo assim tentei, de vez em quando ele deixava quem sabe. Cheguei lá para as 7:45 (!) e fui correndo pro ginásio. Quando cheguei, já estava todo mundo se alongando e eu como quem não quer nada me aproximei, quando todo mundo começou a bater palmas. Mas não eram palmas tipo como o Chacon fazia nós batermos quando alguém chegava atrasado, eram palmas de aprovação, até do professor.
Eu fiquei 100% vermelha. Mas fiquei tão feliz. Todo mundo me deu parabéns, pois a minha nota tinha “vazado” e todo mundo sabia. Foi bem emocionante.
Aconteceu mais ou menos a mesma coisa na formatura, eu entrei com os meus pais, e os alunos estavam do lado de fora e quando me viram todo mundo bateu palma de novo. Só que era bem mais gente... E eu falo com a maior humildade, porque se eu passei no vestibular em 1º lugar, devo muito ao CEFET-RR e aos meus amigos que fiz lá. Foram três anos realmente inesquecíveis.