quinta-feira, 17 de setembro de 2009

perguntas SEM respostas

Por que tentar calar
O que me escapa a cada respiração
O que meu peito insiste em gritar
O que me obstrui a circulação?

Por que meus olhos desviar
Se eles estão tão ligados aos seus
Tão perdidos na imensidão do teu olhar
Na procura do que em mim se perdeu?

Por que me impedir de sonhar
Na sua presença constante em minha vida
Conversas, risadas, descobrir o amar
Num paraíso em que só não haja a saída?

Por que não te desejar
Se você é minha única certeza
Mesmo que outra possa te enfeitiçar
Teu feitiço é minha fortaleza?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

???

"Talvez eu tenha saído de um livro, de um filme ou de um romance
De uma máquina do tempo para o futuro ou para o passado
Talvez eu seja uma ilustração que fugiu quando teve a chance
Ou ainda uma figurante que fugiu de um quadro

Ou talvez eu seja uma mistura, uma receita de um livro louco
Orgulho de Elizabeth Bennet, uma pitada de Ana Bolena,
Letras de Manuela de Paula e de Jane Austen mais um pouco
Uma porção de loucuras de Mia Thermopolis e Georgia Nicolson nada pequena

Talvez tenha mais algo dentro de mim que eu ainda desconheça
Alguém que pense o melhor e o pior das pessoas, embora isso pareça loucura
Ou alguém que se apaixone por pessoas que nem ao menos conheça
Ou ainda que consiga sorrir mesmo que a vida pareça tão escura

Que chore com filmes de comédia romântica adolescente
E ainda acredita em príncipe encantado
Mesmo que ele tenha seus defeitos e ainda não esteja consciente
De que se ele a procurasse melhor já a teria encontrado

Que sonha com romances, livros e épocas antigas
Que desenha rostos desconhecidos e brinca de fazer prosa e poesia
Que brinca de chorar e sorrir com as amigas
Que ri de tristeza e vazio e chora de alegria

Que ama a sua família, seus companheiros de todas as horas
Na qual se incluem seus animais que a amam sem julgá-la
Também ama a música, a leitura, admirar o pôr-do-sol e a aurora
E que ama as pessoas que também são capazes de amá-la

Talvez eu nunca descubra quantas pessoas e sonhos diferentes
Existem em mim e quantos ainda se mostrarão
Ou ainda seja apenas eu mesma abrindo a porta para meu inconsciente
E baixando o som da TV para ouvir meu coração."

domingo, 9 de agosto de 2009

Um outro lugar

A melancolia bate à minha porta
E não faço resistência
Pode entrar

Ela me domina e nada mais importa
Sinto esvair minha consciência
Fundo do mar

As nuvens negras me envolvem
No lugar dos seus braços
Não vou chorar

Os problemas não se resolvem
Ainda ouço seus passos
Mas não posso gritar

A tempestade cai, sem disfarce
As gotas de chuva sangram na janela
Não podem me alcançar

Mas as sinto rolando pela minha face
Abrindo a chaga que se revela
E que não consigo fechar

A distância se impõe entre nós
Com toda sua força e poder
Me sinto sufocar

O nosso amor se torna um algoz
Mas a dor diminui quando pareço desvanecer
Um outro lugar

terça-feira, 28 de julho de 2009

Culto ao inalcançável

Como cegos tateando o ar
Buscamos o inalcançável
Na tentativa frustrada de amar
Fechamos os olhos ao inquestionável

Como pássaros que nos escapam das mãos
Cultuamos o inatingível
Como servos garimpando paixão
Tentando conservar o perecível

Como cisnes se admirando num lago
Reverenciamos a beleza
Dando pedestal a algo tão vago
Cuja efemeridade é a única certeza

Como teias nos prendemos à vida
Tentando conquistar a eternidade
Esquecendo-se de que ela deve é ser vivida
Só assim depois não teremos saudade

segunda-feira, 16 de março de 2009

Patrick Verona – Procura-se

Se alguém por acaso viu um rapaz alto, forte, de cabelos cacheados na altura dos ombros que ficam muito lindos presos, com olhos castanhos, rebelde, de jeans e jaqueta, a cara do Heath Ledger, e a versão cinematográfica do Rob Wilkins entre em contato comigo... Por favor, eu estou procurando ele há muito tempo e ainda não o encontrei... Estamos destinados a ficar juntos... Cadê o cupido para me ajudar?

Quem nunca suspirou assistindo ao clássico do romantismo americano teen “10 coisas que eu odeio em você”? Quem não desejaria ter uma irmã mais nova tão disputada e um pai autoritário que só a deixasse namorar se você estivesse namorando e então algum dos pretendentes da sua irmã pagaria um cara totalmente irresistível para namorar você?

Eu não digo que eu também gostaria de ser como ela, uma garota que não namora nem sai com ninguém por futilidade, apenas quando for algo realmente especial, mas que mesmo assim não é freira nem muito menos santa, porque eu já sou... Até meu nome já é Kat...Pelo menos o segundo nome...Mas isso é um mero detalhe...

O que pode ser mais perfeito que aquele final em que Patrick Verona usa o dinheiro que havia recebido para sair com a Kat na compra de uma guitarra de presente para ela, algo com que ela sempre sonhou, e diz...
__Eu estava com dinheiro sobrando. Um cara me pagou para sair com uma garota. Só que deu tudo errado.
__Por quê?
__Eu me apaixonei por ela.

Ou ainda quando ele invade o ginásio e canta nas arquibancadas a seguinte música sendo depois levado pela polícia.

Can't Take My Eyes Off Of You - Frankie Valli

You're just too good to be true
can't take my eyes off of you
You'd be like heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
and I thank God I'm alive
You're just too good to be true
can't take my eyes off of you

Pardon the way that I stare,
there's nothing else to compare
The sight of you leaves me weak
there are no words left to speak
But if you feel like I feel,
please let me know that it's real
You're just too good to be true,
can't take my eyes off of you

I love you baby and if it's quite all right,
I need you baby to warm the lonely nights
I love you baby trust in me when I say
Oh pretty baby don't bring me down I pray
Oh pretty baby now that I found you, stay
And let me love you baby, let me love you

You're just too good to be true
can't take my eyes off of you
You'd be like heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
and I thank God I'm alive
You're just too good to be true
can't take my eyes off of you

I love you baby and if it's quite all right,
I need you baby to warm the lonely night
I love you baby trust in me when I say
Oh pretty baby don't bring me down I pray
Oh pretty baby now that I found you, stay
And let me love you baby, let me love you

O que eu posso dizer mais?
Apenas que eu odeio o Patrick Verona...

11 coisas que eu odeio no Patrick Verona

Odeio o modo como fala comigo e como corta o cabelo.
Odeio como dirige o meu carro.
E odeio seu desmazelo.
Odeio suas enormes botas de combate e como consegue ler minha mente.
Eu odeio tanto isso em você, que até me sinto doente.
Eu odeio como está sempre certo.
E odeio quando você mente.
Eu odeio quando me faz rir muito, e mais quando me faz chorar.
Eu odeio quando não está por perto, e o fato de não me ligar.
Mas eu odeio principalmente, não conseguir te odiar.
Nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar.
Nem mesmo quando você não se esforça nem um pouco em me encontrar.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Férias literárias

O que fazer quando só você está de férias na sua casa e todos os demais já estão ocupados com seus empregos e∕ou faculdades? Sem a possibilidade de viagem, pois você já viajou por duas semanas para a Paraíba, que não foram quase nada frente aos seus espantosos 4 meses de férias? E sem a mínima possibilidade de estudar, uma vez que você só sabe fazer isso sob muita pressão, tipo tutoriais, conferências, habilidades e todas essas coisas que sempre ocupam o período das aulas?

Eu só tenho uma sugestão para responder essa pergunta ( se você não quer ficar apenas vendo a TV pública inútil com todos aqueles programas de psicologia barata e BBB com gente se agarrando): Ler...

Nada de livros de auto-ajuda ou de não-ficção, por favor. FICÇÃO PURA E AUTÊNTICA. Romances com lágrimas e risadas e gritos de susto e suspiros que façam seus pais pensarem que você é louca. Essas coisas.

Então, nesse fim de férias (aleluia), elaborei um compêndio dos melhores livros que li nessas férias e que recomendo para você quando estiver na mesma situação que eu. E nem se preocupe, você vai até se esquecer do tédio das férias e se divertir muito. Eu disse muito???!!! É, disse.


1. Coleção Crepúsculo (Twilight): Grande fenômeno mundial que na minha opinião ganha muito de Harry Potter, principalmente por um lindo e perigoso romance ser o principal ingrediente deste best seller. Para quem não conhece a história, o que parece impossível depois do sucesso do filme, é um romance sobre uma garota séria e aparentemente normal, exceto por sua atração a problemas, Isabella Swan, que se apaixona por um irresistível vampiro, Edward Cullen. A coleção é formada por 4 livros, embora a escritora Stephenie Meyer esteja escrevendo o quinto, Midnight sun, a história do primeiro volume, contada por Edward:
• Crepúsculo (quando eles se conhecem e Bella passa pelas primeiras complicações por estar convivendo com vampiros, e perdidamente apaixonada por um.);
• Lua Nova (Tentando proteger Bella, bem infantil e maldosamente, devo reconhecer, Edward a abandona e sai do país. Isso faz Bella se aproximar de Jacob, que se revela um lobisomem apaixonado por ela.);
• Eclipse (Bella se vê dividida entre dois amores, Edward e Jacob. Ao mesmo tempo em que lobisomens e vampiros, inimigos mortais, se unem para lutar contra vampiros que advinhem, estão atrás de Bella);
• Breaking Dawn (Amanhecer. Ainda não publicado no Brasil. É o último volume narrado por Bella, em que ela conta seu casamento e diversas conseqüências disso – SPOILER- como uma gravidez e sua transformação para vampira).

2. Coleção 1-800-Onde está você (1-800-Where-R-U): Da mesma autora de O diário da Princesa e A mediadora, Meg Cabot, duas outras série que eu também recomendo, ainda não publicada no Brasil, mas disponível traduzido na Internet. São 5 volumes que narram a história de Jéssica Mastriani, uma estudante de Indiana, que após ser atingida por um raio começa a encontrar crianças desaparecidas. Ela se envolve em confusões com o FBI, que a querem em sua folha de pagamento, sempre acompanhada do seu Quem-dera-namorado-Rob-Wilkin. Fascinada por motos e ágil com os pulsos Jess narra os cinco livros: Quando raios atingem; Codinome Cassandra; Safe house; Sanctuary; e Missing you.
3. Sorte ou azar? (Jinx) Mais Meg Cabot. O que eu posso fazer se eu sou viciada nela? Jean, mais conhecida por Jinx (azarada) sempre teve uma péssima sorte, desde o seu nascimento, tanto que foi forçada a sair de Iowa para Nova York morar com seus tios. Lá ela encontra sua prima que lhe conta sobre uma ta-ta-ta-ravó delas que foi uma grande feiticeira e que elas haviam herdado seu dom. No entanto, Jinx estava mais bem informada do que parecia, e até já havia usado seus poderes com uma grande confusão. Ao mesmo tempo as primas se tornam inimigas ao disputar o amor de seu vizinho de olhos verdes, Zach.
Houve outros livros, um tanto deprimentes eu diria, A menina que roubava livros, O morro dos ventos uivantes (odiei, qual o problema da Emily Bronte, afinal?!), Zona Morta (embora todos beijem os pés do Stephen King ele ainda não me conquistou e ainda falou mal da Stephenie Meyer). Mas ler é sempre ótimo, afinal eu passei minhas férias passeando pela Alemanha, EUA, Inglaterra e ainda acompanhada de Edward Cullen e Rob Wilkins. Quer mais????!!!!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Coisas inúteis a se descobrir sobre a Paraíba




Podem não surpreender você, mas.... me surpreenderam....

• Batata frita com queijo ralado... O quê?! Batata frita e queijo parmesão, acho que não combinam muito.... Gosto de queijo ralado com cachorro quente bem recheado ou numa linda macarronada de molho de tomate... Existe gosto para tudo mesmo, em todo lugar que fomos era a mesma coisa...

• McDonald’s: Embora houvesse um Bob’s do lado, não perdemos a oportunidade de poder comparar duas das maiores redes de fast food do mundo, mas confesso que fiquei decepcionada, talvez nós não tenhamos pedido o hambúrguer certo, mas era só um cheeseburguer, evitamos coisas grandes e complicadas...E a surpresa, eu pedi o meu com picles, influência do prefeito de Townsville das Powerpuff girls, e justamente o meu veio sem...Que sorte...Porque o da Raquel e da minha prima Gabi, embora elas tenham recusado na hora de pedir, vieram não só com uma rodela de picles enorme, nunca imaginei que picles podiam ter diâmetros tão grandes, mas também com um molho de tomate muito estranho. Fãs do McDonalds, me matem, mas eu prefiro o Bob’s, ainda mais depois que eu vi uma maçã super normal por 1,50 no McDonalds....

• Tapioca recheada: Minha mãe já havia feito muita propaganda. Eu disse muita?! Então não fiquei surpresa por existir, mas sim por ser boa! Nunca fui uma grande fã de tapioca, acho sem gosto, mas com o divino recheio de frango, com presunto, queijo e tudo o que você imaginar, fica muito bom!!!!

• Coca-Cola 2l por R$ 3,00: Parece uma miragem, pelo menos pra mim, uma vez que em todos os cantos de Boa Vista – RR só encontro Coca de 2l por R$ 5,00. Isso foi muito conveniente, já que praticamente consumimos uns 6l de Coca-Cola por dia.

• Sorvete 5 bolas R$ 1,00: Sei que você já deve ter ouvido alguma vez essa promoção por aqui, eu nunca me arrisquei a experimentar, e não sei se é bom, mas lá no interior da Paraíba era realmente muito muito bom. Era consumo diário. Pensei até em comprar um balde de alguns litros, mas seria muito peso, e como minha mãe e Raquel tem algum problema em levar muita coisa, estávamos com peso demais. Só me restam as saudades...

• João Pessoa: Eu nunca havia ido realmente ao centro de João Pessoa, sei que é uma vergonha uma paraibana dizer isso, mas sou uma nômade, então não conta, mas a cidade é realmente linda, as ruas são tão amplas, é tão arborizada, muitas ruas me lembraram de Boa Vista, que eu realmente considero uma cidade bonita.

• Relevo: Meu Deus, eu simplesmente adoro o relevo da Paraíba, é tudo tão com altos e baixos, então sempre há cantos da periferia das cidades que você vê ela toda, principalmente Campina Grande, é tão bonitinho ver aquelas casas todas tão pequenas e aqueles arranha-céus, e eu adoro tanto isso. É muito lindo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Mesário de viagem

Não se pode chamar de diário de viagem, que seria o termo mais comumente utilizado, pois eu me encontrava alienada do mundo digital sem postar no blog, ou talvez fosse o contrário, finalmente eu estava no mundo real e não alienada no mundo digital, mas... Deixa pra lá...
Nada como viajar nas férias de encontro às suas origens e de seus pais, nos dias que passam sem pressa como velhas senhoras que andam apenas pelo costume de andar e não por ter algo há encontrar no fim da caminhada a não ser o início de outra.
Perdoem-me a filosofia, acabei de adquirir mais um filme da minha coleção Johnny Depp, “Um sonho americano”, que é muito filosófico, daí a inspiração.
Viagem à Paraíba, eu, minha mãe e Raquel. Karla iniciou o internato de medicina e meu pai tinha que cuidar da casa. Lá fomos nós três enfrentando a dor de ouvido absurda, que graças a Deus diminuiu dessa vez, o frio e todas as intempéries do caminho aéreo, como as duas conexões em Brasília e Salvador. Com certeza, devem ser lindas cidades, mas não é tão divertido ficar umas três horas em seus aeroportos.

Itinerário

Bayeux: Terra natal minha e do meu pai, toda a família paterna, tias e tios, Vô Tonho querido, idêntico ao meu pai e a mim, primos e primas, bagunças de amigos de infância, os únicos que ainda tenho com toda essa minha vida nômade. Sorvete de frente para casa, lembranças de quando meu avô chegava e entregava moedas de 50 centavos a todos os netos e aquele painel escuro com os sabores de sorvetes em letras brancas lá no alto da parede, quantas dúvidas para escolher o sabor.
Balanço da casa da avó que já não existe mais, fotos antigas, falar mal da vida alheia que ninguém é de ferro, festas das minhas tias, doces e bolos com calda de morango, inhame, medo de estender as roupas no quintal com a cachorrinha que não me conhece, chuveiro que espirra água para todos os lados menos para baixo, rua movimentada até à noite, barulhos de carros. Mas nada disso nos incomoda quando sabemos que nosso pai nasceu e se criou ali e se ele não existisse você não existiria. Tudo tem um gosto de comida caseira, vale mais que a mais cara das refeições.
Primos pequenos e grandes, jovens viram crianças, e crianças viram adultos.

João Pessoa: SHOPPING!!!!!!!!!!!!! PRAIA!!!!!!!!!!!!! LOJAS E LOJAS E LOJAS!!!!!!!!!!! CONSUMISMO!!!! Saudades do carro que ficou em casa, e da motorista Karla também.... Pernas cansadas, pés doloridos e maltratados, olhos enfeitiçados, vitrines oferecidas, McDonalds, arranha-céus, carros, ônibus, pessoas apressadas que mal têm tempo de ver a beleza que os cerca. Mar azul esverdeado e verde azulado, areia branca que nos acaricia o pés enquanto nos queima refletindo os raios solares. Ondas lambem nossos pés e querem nos levar a alto-mar, medo da covarde que nunca aprendeu a nadar, algas e algas que nem incomodam, areia se dissolvendo sob nossos pés e indo para o Oceano Atlântico.
Praia à noite, água fria, areia deliciosa, vento gritante, barraquinhas à beira da praia, tapiocas recheadas, coca-cola hoje e sempre, fotos e fotos, pilhas e pilhas, risadas e piadas...Tudo tão diferente mas parece que estamos em casa, o céu e o mar são o limite e o infinito...

Sossego: Terra da minha mãe e minha terra, todos são parentes e tudo é uma grande família, duas avós maternas enfermas disputando a atenção, uma dengosa e bagunçeira, outra esquecida e encrenqueira com grande preconceito contra afro-descendentes e ambas pouco adeptas a roupas íntimas.. Apenas um avô paterno, e primos e primas, tios e tias, experiências novas e antigas, sorveteria diariamente assim como a coca-cola, vôlei e queimada no meio da principal rua da cidade, expectadores, refeições, MTV, filmes, malhação, visitas ao sítio, vento delicioso, frio e macio, açude, tanques, quedas e quedas, resgates, todos tomando cuidado para eu não cair ladeira abaixo com toda essa minha facilidade a machucados, pipoca, pizza, e bagunça. Deixamos Sossego sem sossego por uma semana.

Campina Grande: Passagem rápida suficiente para visitar mais primas maternas e tias, para ir ao Shopping e adquirir o filme do Johnny Depp, além de assistir Se eu fosse você 2, já que Crepúsculo já havia saído de cartaz.

Viagens: carro, moto, bicicleta, ônibus, avião, escada rolante, todas essas pequenas e grandes viagens que me ocuparam minutos ou muitas horas também fizeram parte das férias acompanhadas de pequenas doses de leitura de A menina que roubava livros, um dia vou terminar de ler esse livro, mas não tenho culpa, tinham tantas coisas acontecendo na minha vida que eu estava sem tempo de ler sobre a vida ou a morte de outras pessoas....

E olha que ainda faltam dois meses de férias...Então boas férias a todos!!!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Pequenos contos de amor

A minha vida amorosa é um fiasco, mas nem por isso pouco divertida ou sem emoções, e são situações que poderiam acontecer com qualquer mortal e acabam sendo coincidências desperdiçadas, uma vez que eu nunca os vi novamente.


1 – Lá estava eu, no meu percurso diário de ir da minha casa alugada para a casa em construção, onde estava alojada minha pastora alemã e filha, para a qual eu sempre levava as refeições duas vezes ao dia. Era um tédio ter que acordar pela manhã e ainda com sono andar dois quarteirões, embora fosse bonito ver a lua ainda no céu rodeada de brumas. Enrolei, mas o objetivo é dizer que eu ia bem jogada, com roupas totalmente de casa sem imaginar que eu poderia encontrar o meu príncipe encantado ou o amor da minha vida na esquina. Mesmo assim estava de tarde, deviam ser seis horas, e só o que eu queria era chegar em casa. Quando eu o vi, ele não tinha uma beleza fenomenal, na verdade mal me recordo do seu rosto, mas ele era bonito, magro, alto, alvo, com cabelos escuros curtos. Eu olhei para ele, embora esse não seja o meu costume, olhar para quem eu não conheça, apenas se for tão bonito que eu precise guardar para sempre na minha memória.
Mesmo assim eu olhei de longe e ele estava olhando para mim. Mico, mico, mico. Desviei o olhar assim que estava bem próximo a ele, talvez tenha desviado demais até dos meus próprios pés, porque eu tropecei. Mico, mico, mico. Eu não caí no chão, afinal Deus é pai, na verdade, eu meio que pulei. Ia caindo mas botei o outro pé na frente e me equilibrei.
O pior não foi isso num instinto de cavalheirismo ele foi com a direção na minha mão, não chegou a tocar em mim, mas como se fosse me segurar caso o meu pé não fosse tão ágil e ainda disse assim assustado: “Opa!”. Mico, mico, mico. Eu quase saí correndo em disparada para casa. Oh, Meu Deus! Ninguém merece.

2 – Viagem de volta da Paraíba, há muitos anos. Lá estava eu e minha prima, observando e admirando obras primas que estivessem expostas nas lojas e até nos corredores também. Então eu o vi, para variar alto, alvo, magro, cabelos pretos cacheados. Ele era realmente bonito. Então eu o mostrei à minha prima e nós ficamos: Ohhhh.... Quando eu adivinhei que ele estaria esperando a sua namorada linda que estava chegando de Paris sei lá. Então, hora do embarque, adeus Paraíba, até algum dia. Sala de embarque. Ele estava lá. Oh, Meu Deus! Destino, coincidência. Não importa, ele é lindo. Olho o cartão de embarque meu e da minha mãe: meio e corredor. Droga, eu sou completamente apaixonada por janela no avião, ver as cidades tão pequenas, ver as nuvens, é muito lindo, sempre parece um sonho exceto pela dor de ouvido mortal que de vez em quando eu sinto.
Então, eu falei, certo, eu sobrevivo, mas bem que a companhia da janela poderia ser bem interessante. Dizendo isso me sentei na cadeira do meio, prefiro ficar imprensada no meio a ficar no corredor. Minha mãe ao meu lado, preparando-se psicologicamente para o vôo, pois eu sofro com a diferença de pressão e ela com o frio, embora eu sinta muito frio também, quando um muito educado rapaz pede licença ao querer passar para sua cadeira na janela. A inveja durou apenas o suficiente até eu perceber que ele e o garoto da possível namorada parisiense eram a mesma pessoa!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Oh, Meu Deus. Obrigada por atender aos meus pedidos.
O melhor foi que não só ele se sentou ao meu lado quanto puxou assunto comigo e com a minha mãe, para onde estávamos indo, de onde éramos. Colhi as informações dele: 17 anos (eu tinha 13), queria fazer Engenharia Civil como o pai, morava na Paraíba, mas ia visitar um tio no Acre (por que não em Roraima? Embora ele tenha dito ter um tio aqui), nome de um antigo jogador de futebol, não revelarei, e muito legal. Depois de horas de conversa, morrendo o assunto ele foi fazer revistinhas Coquetel, eu, a maior oferecida do mundo, exclamei: “Eu adoro Coquetel!”. Mico, mico, mico.
Ficamos lá um tempão, e ele era bem inteligente, até a hora do serviço de alimentação. Coca-cola para nós, a minha era para mim mesmo, mas acabou indo parar na caça dele, para honrar a minha mania desastrada, graças ao bom Deus eu já havia tomado a maior parte, só melou um pouco. Mesmo assim continuamos na Coquetel. Troca de vôo em Brasília, e ele repara na minha camisa Nirvana, quando diz “Você gosta de Nirvana?”. É uma pergunta idiota já que eu estava com a camisa, mas mais idiota foi a minha resposta: “ Gosto, mas prefiro Guns N’ Roses”. Resposta idiota, embora eu realmente goste das duas bandas, os vocalistas se odiavam, eu não sabia, e talvez os fãs se odeiem também, uma vez que ele disse que não gostava muito de Guns.
Troca de avião e nós não ficamos no mesmo, eu fiquei tão chocada que travei, não pedi telefone, e-mail, nada. Embora se ele quisesse tivesse pedido. E ele era lindo, 17 anos, e eu uma idiota de 13. Acho que não daria certo. E não deu.