Ele me sorriu ao longe, nem tão longe, uma vez que temos um encontro marcado amanhã.
Era um sorriso de cumplicidade, como se guardássemos um segredo, só nosso.
Plagiando meu caro Cazuza, eu poderia dizer que nossos destinos foram traçados na maternidade, sabíamos que nos encontraríamos de uma forma ou de outra, a não ser que uma grande tragédia ocorresse, felizes ou tristes, que bom que felizes, com sucesso ou fracassados, que bom que com sucesso, com amor ou com angústia, que bom que com muito amor.
As pessoas já estão comentando esse nosso encontro, alguns querem até estar presentes, e isso será ainda melhor, eu sei que ele será apenas meu, mas essas pessoas, minha família, meus amigos, até os meus animais de estimação, de alguma maneira me ajudaram a estar aqui hoje, ansiosa por nosso encontro.
Todos comentam esse encontro, não apenas o meu, mas o de todos de uma maneira geral, que têm essa sorte. Todos dizem que não seremos os mesmos após esse encontro, que seremos melhores e até mais responsáveis. Mas não sei como ele vai conseguir me fazer assim, mais responsável, eu já sou até demais.
Sinceramente, não sei que roupa vestir, mas acho que ele vai me pegar de surpresa, não vai marcar um horário predeterminado, embora seja amanhã. Acredito que ele vá chegar, e eu, desligada, nem irei perceber de imediato. Talvez apenas uma segurança me preencha a alma, ou uma insegurança, pelas maiores cobranças.
Talvez nada mude, como alguns pessimistas e/ou realistas dizem. Mas acho que um encontro desses não pode ser tão insignificante. Não que precise de grandes comemorações, e sim de grandes revoluções internas. Porque finalmente eu estarei lá, e ele também, e então nós seremos um só. Eu e os meus 18 anos.
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